
Os extremos aproximam-me de Ti e sinto, nessas alturas, que Tu poderás eventualmente existir. Mas quando tudo aquilo que vejo se revela tristemente real, a dúvida emerge e navega a alta velocidade no meu mar de ideias inconstante. Por vezes, olho a estibordo e tenho a máxima certeza da Tua existência.
Mas quando olho a bombordo, a Tua pessoa é afogada e afirmo com raiva e convicção que Tu não existes. Paro para pensar e não consigo encontrar respostas. Talvez um dia seja forçado a ver o invisível e me juntarei, então, à homogeneidade rebânica que Te segue cegamente.
André Pereira
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