quinta-feira, fevereiro 15, 2007

São Valentim

Ó Paredes, mestre fadista, da guitarra artista
Hoje sonhei com a tua arte, um dedilhar possante
Uma vida musical, um triunfar constante.

Quis ser maior, quis ser melhor, quis ser perfeito
Saudei mundos, abracei a vida, chorei, satisfeito

Deitei, descansei, sonhei
Acordei, sorri, vivi.
Nada encontrei...
E tu mesmo ali,São Valentim..

Não procurava o sucesso, o excesso
A fama, o dinheiro ou a glória.

Este sonho que sonhei, neste dia de alegria
era meu e tão teu,
era forte de paixão, de harmonia,
enfim, de Romeu?

Procurava-te, a TI

Chamei-te de amor, e com um olhar, deste o coração
Corei, cresci, rebentei.
Todo o amor do mundo por aí,
e tu com o meu... na tua mão

Corri por vales e montes, feliz
Pois onde tu estiveres eu estarei,
Guardada estás no meu coração
Plantada... de raíz

1 comentário:

Anónimo disse...

Mestre de encanto,
Das serenatas cativantes,
Onde se ouve a guitarra
A exclamar,
Qual cordas vocais,
E por entre lágrimas,
Sentimentos de Amor, Saudade,
Tristeza,
Felicidade!

Ontem ouvi-te,
Oh Paredes,
Oh Mestre por entre os mestres!

Ainda que longe das serenatas,
Dos tempos de estudante,
Ouvi a guitarra alucinante!

Mesmo distante,
Oh Mestre dos mestres,
Com o teu dedilhar,
Suave, quente, doce e ardente,
Mostras-te
O que sempre esteve presente!

Só eu não via, oh Mestre!
Mas ontem vi, ouvi,
Mostrei...
Amei e fui amada!

E vi-te, enfim,
São Valentim,
Brilhante e confiante,
No castanho dourado,
Dos olhos
Por mim amados!
(Carla Marques)