Quebrado nesta nostálgica demência
Deixo que as mãos me mostrem o meu fado
Turvo, inoculo, deixo-o dormir,
Sei que está cansado, farto de proferir.
E estas mãos que cobrem a minha cara,
Dilaceradas por um tempo que morreu,
Não são minhas, são de tantos outros
E esses outros, o tempo perdeu.
Enterrados em histórias escondidas,
Em desertos que tento descobrir,
Esses homens esquecidos no tempo,
São o ser que tento perseguir.
Todas estas velhas mãos que me moldam
Ou que apenas me querem moldar
Não me transformaram naquilo que sou,
Pois apenas são uma ilusão,
Criada para eu sonhar.
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